quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Historia de Odemira







HISTÓRIA

Dotada de uma localização estratégica entre a serra da Cabeça Gorda e a serra dos Pinheiros, a 20 Km da costa, serviu-se do rio Mira para acentuar essa situação favorável, já que a via era natural ponto de passagem e penetração para o Alentejo interior. Este facto fez dela um ponto estratégico cobiçado pelos vários povos que aqui viveram.

O povoamento do concelho é bastante remoto, como o provam os numerosos vestígios de culturas anteriores à romanização e os testemunhos das culturas posteriores.

Tendo estado, naturalmente, sob ocupação romana, foi porém com os mouros que foi construído, provavelmente no local de "oppidum" romano, um castelo, chamando à povoação "Wadi Emir". Após ter sido conquistado aos mouros, por D. Afonso Henriques, em 1166, o castelo terá sido doado ao Bispo do Porto em 1265 e reconstruído. Em 1319, foi reedificado com uma nova cerca por ordem de D. Dinis; a vila (e seu termo) foi doada ao almirante Micer Manuel Peçanha e seus descendentes. Os restos da muralha articulam-se de forma interessante com alguns edifícios, definindo a expansão urbanística da vila.

A vila recebeu carta de foral de D. Afonso III, em 1256, e, semelhante ao que aconteceu em Beja, D. Manuel renovou-a em 1510. Foram condes de Odemira D. Sancho de Noronha e D. Mécia de Sousa, no reinado de D. Duarte. Nesta casa se conservou até ao reinado de D. João IV, quando foi doada a D. Francisco de Faro. Mais tarde, D. Pedro II doou-a ao primeiro Duque de Cadaval.

Este concelho de grandes dimensões apresenta uma variedade geográfica e panorâmica, com múltiplas culturas agrícolas e espaços florestais. Economicamente, Odemira sustenta-se sobretudo à custa da agricultura e da pecuária – cereais, legumes, gado, madeira, cortiça, fruta e aguardente de medronho – mas também possui indústrias de concentrado de tomate e cerâmica, bem como uma actividade piscatória considerável.



A ORIGEM DO NOME




Diz-se que provém do nome árabe" Wad - Emir ", que significava água do rio de Emir. Mais tarde este nome foi dando origem a algumas transformações, que originou a troca de Wad por Ode e Emir em Mira, ficando assim formado o nome Ode Mira.

Outra versão existe sobre a origem do nome, existiu na altura da sua povoação árabe, um alcaide mouro de nome Ode, que habitava o castelo e com ele a sua bela mulher uma moura encantadora, como todas as outras mouras das lendas populares. Quando D. Afonso Henriques, decidiu começar a conquista das terras a sul do Tejo aos mouros, chegou então a esta povoção para a tomar e fazê-la parte do seu reino e também a província do Algarve. A alcaidessa ao ver o exército de D. Afonso Henriques, ficou surpresa e aflita, gritando para o Alcaide: Ode, Mira, daí ter ficado ODEMIRA, segundo esta lenda.


A VILA E O CONCELHO




A região terá sido habitada desde tempos remotos desconhecendo-se, contudo, a sua origem. Aqui estabeleceram-se os povos romano e árabe, que marcaram os usos e costumes das gentes da região. A ocupação árabe terminou em 1166, aquando da reconquista cristã com D. Afonso Henriques.

A vila recebeu foral de D. Afonso III em 1256 e de D. Manuel em 1510. Foram Condes de Odemira D. Sancho de Noronha e D. Mécia de Sousa, no reinado de D. Duarte. Nesta casa se conservou até ao reinado de D. João IV, quando foi doada a D. Francisco de Faro. D. Pedro II doou-a ao 1º Duque de Cadaval.

No século XIX, o regime liberal reestrutura o concelho, tornando-o um dos maiores concelhos do país. O concelho abrange uma área extensa ao longo da costa e no seu interior uma vasta área de serras e campos com uma fauna diversa. O estuário do rio Mira é rico em avifauna, com destaque para as garças e galinholas de água. Junto à foz do Mira os pescadores realizam aqui a sua actividade piscatória.


Geografia


O concelho de Odemira caracteriza-se pela imensa diversidade paisagística, estendendo-se entre a planície, a serra e o mar, num total de 1720,25 km2, aos quais o rio Mira e a barragem de Santa Clara, conferem um colorido especial. Em área, este é o maior concelho de todo o País, apesar de ter apenas pouco mais de 26 mil habitantes.


Odemira faz fronteira a norte com os municípios de Sines e Santiago do Cacém; a este, com Ourique; a sul e sueste, com os concelhos algarvios de Aljezur, Monchique e Silves.
O seu território é dividido por 17 freguesias cada uma com as suas particularidades: Santa Maria e S. Salvador (Odemira), Bicos, Colos, Luzianes-Gare, Pereiras-Gare, Sabóia, Santa Clara-a-Velha, S. Luís, S. Martinho das Amoreiras, S. Teotónio, Relíquias, Vale de Santiago, Vila Nova de Milfontes, Zambujeira do Mar, Boavista dos Pinheiros e Longueira/Almograve.


Odemira orgulha-se também dos seus 55 km de costa, dos quais 12 km são praias – das quais merecem destaque: Aivados, Malhão, Milfontes, Furnas, Almograve, Zambujeira e Carvalhal, pois proporcionam uma combinação perfeita de repouso e beleza natural. As praias sucedem-se desde o limite do concelho de Sines até à foz do rio Seixe, no Algarve.Toda a zona costeira do concelho está integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.



Fonte : C.M.Odemira

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